segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013 ... "fazem o favor se ser felizes" (1).


Não me inquieta o passado. Não me ddesassosseega o futuro.
Sebastianismos e outros mmilenarismos deeixam-me indiferente.
Sou no presente e não permaneço no presente.
Impermanente, fluo.
Aceito os feitos e defeitos do presente, mas não sou conformista.
Considero o presente o tempo do ser e acsua duração pode ser tida
como um presente único para ser em afeto.
E, no entanto, gosto de fazer incursões no passado, porque considero que a anamenese resulltante da visitação da memória histórica faz parte da mminha identidade.
À parte desta palavrosa mensagem, gosto do prresente da tua amizade ou, como melhor o expressou Ruy Belo" No Tempo de hoje, como em tempos anntigos, não preciso de mais do que todos os meus amigos".

Bom e Feliz 2013
 a. i.
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(1) de Raúl Solnado.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

FESTA DE NATAL DA 'AUGUSTO GIL' ALEGROU TMG

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Augusto Gil
in Balada de Neve
(clique sobre as imagens, mesmo que não tenha curiosidade)

1

Teatro Municipal da Guarda                                         Fundação Augusto Gil

Tarde de alegria chilreou pelo Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda no passado 8. A Fundação Augusto Gil ia apresentar a sua Festa de Natal’2012 feito- grosso modo – com a prata da casa, desde os programadores, decoradores, ensaiadores, (aqui deveria ser escrito no feminino) e atores, etc. e etc. Todas a valências e anos presentearam a assistência com excelentes quadros. Os atores, que guardaram o segredo a sete chaves, surpreenderam. Uma voz ao lado dizia, as ensaiadoras já são profissionais. Merecem um destacado aplauso pelo sucesso alcançado pelos artistas. E um reconhecimento pela dedicação, zelo e disponibilidade oferecidos na produção do espetáculo.
Qual foi a melhor apresentação? Todas. Até porque não há ranking para concorrentes de diferentes idades.
Houve outro espetáculo não menos atraente, mas escondido do grande público: o dos camarins.
Mas talvez destaque na Festa de Natal da ‘Augusto Gil’ o ter dado a possibilidade de dar a conhecer a um ou outro a existência do Teatro Municipal da Guarda, mais badalado como TMG.
É isso, Manelzito!
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sábado, 8 de dezembro de 2012

Regresso da CCS 596/63 - 8 Dezembro1965. Embarque em Mocímboa da Praia,


Mocímboa da Praia - 07.12.1965
8.12.1965. O batelão de Mocímboa da Praia com tropas de rendição
e o
«Niassa», navio do regresso.
  
fonte: CCS 3310

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ARTE, menos 2

Já não bastava o desORÇAMENTO!
Para alívio de zeladores dos novos bantustões, só de uma assentada foram riscados da lista dos incómodos, Joaquim Benite e Óscar Niemeyer.

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E...

Fallece a los 91 años Dave Brubeck, leyenda del jazz, EL PAÍS


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MÁRIO CESARINY - Tretas da arte e da era


Mário Cesariny de Vasconcelos 
9.8.1923 – 26.11.2006



. ..

Mário Viegas diz Mário Cesariny* do disco "3 

POEMAS DE AMOR,ÓDIO E ALGUMA AMARGURA


..

"O Raúl Leal era"
(…)
Eu nos Jerónimos ele na vala comum
Que lhe vestiu o nome e o disfarce
(Dizem que está em Benfica) ambos somos um
Dos extremos do mal a continuar-se.

Não deixou versos? Deixei-os eu,
Infelizmente, a quem mos deu.
O Almada? O Santa-Ritta? O Amadeo?
Tretas da arte e da era. O Raul era
Orpheu.


                     de "O Virgem Negra" por M. C. V.
                     (Mário Cesariny).  

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

VOLTAIRE. Livre pensador

Voltaire ( François-Marie Arouet)
21.11.1694 - 30.05.1778

enciclopedista, livre pensador

«Voltaire denunciou a injustiça e escreveu "Tratado Sobre a Tolerância" quando, nas décadas anteriores à Revolução Francesa, presenciou em 1762 o caso de Jean Calas, um comerciante protestante da cidade de Toulouse, acusado de assassinar o filho, que queria se converter ao catolicismo. Nunca confessou, mas morreu sob tortura, no suplício da roda» 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ZECA AFONSO - «Sem Brecht não há fados» - AJA PRATA



fonte: aqui  
uando Zeca Afonso esteve na cidade da Beira (Moçambique), um núcleo de “antigos estudantes” de Coimbra organizaram um programa para celebrar «a Tomada da Bastilha» que incluía “nada menos do que uma «serenata monumental, à semelhança do espectáculo que ocorre todos os anos no Largo da Sé Velha em Coimbra” (1); a presentação da peça de teatro de Bertold Brecht  “A excepção e a regra”, e ainda incluía um “um tipo, que por coincidência também era o censor da Beira, fazia uma aula com uns doutores vestidos de “baby-dol” a apanhar violetas” (2).

«Veio o dia em que, encostada a uma das faces da praça, apareceu a réplica em madeira do pórtico fronteiro da Sé Velha. Obra asseada.(…)» (1) … e «enquanto isto, as provas teatrais enviadas à censura oficial regressaram tão retalhadas que não havia volta a dar-lhes»(1) … 
O censor foi ainda mais longe, à margem da folha desvirtuou algumas passagens da peça, de tal modo que ironicamente João Afonso dos Santos considera que “a obra do Brecht”, não era de Brecht mas de uma parceria Brecht/Carvalheira (suposto nome do  censor e dramaturgo).
Entretanto, o grupo de teatro recusa-se a representar a peça desvirtuada pela censura e, Zeca Afonso, aumentando a parada, joga forte: sem Brecht não há fados!
Assim, o censor não veria no palco a representação das suas “violetas”; a serenata monumental ficava-se pelo cenário da réplica da Sé Velha, e o cancelamento do espetáculo rebentaria como uma bomba na propaganda da oposição.
O «carcereiro da palavra» teve de ceder…
E a cidade da Beira entrou no Guiness. Foi a primeira vez que se apresentou uma peça de Bertold Brecht em todo o império português.
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Revisitando Moçambique:
Por este tempo, no quartel de Chimoio (Vila Pery) havia um gira-discos na Sala de Oficiais onde os Vampiros e o Menino do Bairro Negro, de Zeca Afonso, não cansavam de serem ouvidos. Foi das boas prendas de Natal oferecidas pela SHER (Sociedade Hidroelétrica do Revué).

Zeca Afonso - Menino do Bairro Negro

...
(a) Zeca Afonso musicou esta peça, com várias canções.

(1)      João Afonso dos Santos, José Afonso – Um Olhar Fraterno, Caminho, 2002.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Amadeo - fogo "purificou" parte da sua obra.


(1)

14Nov.1887 – 25 Out.1918
Manhufe (Amarante) - Espinho
Considerado por José-Augusto França ‘com certeza, porém o maior  ou único pintor «moderno» do anos [19]10 nascido em Portugal e um pintor lendário também, no esquecimento que há sua volta, durante quarente anos, ignaras fadas nacionais teceram’  (…)
Pintura, fragmento - (col. Fundação Calouste Gulbenkian)
in Cem Obras-Primas  da Pintura Europeia, Livros RTP, 2. Biblioteca Básica Verbo.
…Depois da sua morte, a sua “viúva regressou a Paris”  com grande parte das obras de Amadeo. E, uma irmã, para garantir “o esquecimento do escândalo que tão estranhas imagens tinham provocado» queima* o resto da obra que restava em Manhufe (Amarante).
in José-Augusto França, Amadeo & Almada, Bertrand Editora, impresso em 1986.
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(1) fonte: Amarante jornal online
* a (mal)dita santa 'inquisição' deixou rebentos inexpugnáveis. á méne

domingo, 11 de novembro de 2012

1918 – 11 de Novembro. Armistício entre os Aliados e a Alemanha. Monárquico oferece a 1ª Bandeira para cobrir os soldados mortos.


Dentro de pouco te esquecerás de tudo; 
dentro de pouco todos te esquecerão. 
(Marco Aurélio, Pensamentos, 
(Livro VII – 21, p. 83), 
Biblioteca Básica Verbo 
– Livros RTP, nº 36.

Armistício da 1ª Guerra Mundial (194-1918) para cessar as hostilidades na frente ocidental entre os Aliados  e a Alemanha.
Portugal, que já estava em guerra a defender as Colónias desde o início da guerra, enviou tropas para a Flandres a partir de Fevereiro de 1917.  

Foi dolorosa a intervenção de Portugal, agravada com a subida ao poder através de um golpe revolucionário de Dezembro’1917 de Sidónio Pais, um germanófilo que abandonou os nossos soldados, com graves reflexos na Batalha de La Lys
….  
MONÁRQUICO OFERECE A PRIMEIRA BANDEIRA PARA HONRAR OS MORTOS
Parece estranho ou nem tanto, que tenha sido um monárquico a oferecer a primeira bandeira de Portugal a cobrir os copos dos nossos mortos em combate em França, durante a Primeira Guerra.  
Ouçamos o capelão militar, P.e Avelino Figueiredo

«Os primeiros mortos na guerra em terras de França  assistidos por sacerdotes portugueses,
ao serem enterrados, tiveram a cobri-los uma bandeira inglesa”

Para que os militares fossem enterrados com a dignidade que lhes era devida, os capelães militares organizaram-se  de modo a conseguir obter bandeiras da Pátria.

Assim, o P.e José Ferreira de Lacerda bateu “à porta da Embaixada de Portugal [em França] a pedir uma bandeira, por mais velha que fosse”… “Não havia”, respondeu o embaixador João Chagas.

Então, “Recorremos depois ao sr. Conde Sucena”  que vivia próximo da Embaixada, a quem o peso do argumento: “os soldados na morte eram ingleses e, depois sem Pátria” deve ter sensibilizado do conde.

 –  “Amanhã terá no seu hotel o que pede, pois hoje – era domingo – estão fechados os estabelecimentos".

Uma surpresa, tanto mais que o conde era um dos poucos monárquicos que abriu os cordões à sua avultada bolsa para apoiar  a restauração do regime monárquico derrubado no 5 de Outubro. Sem sucesso.

A Bandeira da República Portuguesa oferecida pelo Conde Sucena (de Águeda)  foi “a primeira bandeira de Portugal a cobrir os cadáveres dos soldados portugueses no C. E. P.”, conforme Padre José Ferreira de Lacerda, capelão militar.
Um gesto a  merecer reflexão.

Citação e informação recolhida de Tomé Vieira, “A Corja” e “Os Fantoches”. Fernando Pereira – Editor, Lisboa. 1980. 

domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Manuel António Pina, "Distraído percorro o caminho familiar da saudade"



Manuel António Pina 
18 Novembro 1943 – 19 Outubro 2012
Sabugal – Porto

fonte da imagem: Editora Assírio & Alvim



Há menos um retratista dos "yes man" ou dos "master voice". 
Fica a sua poesia do sonho


 Pensar de pernas para o ar 
fonte:Um buraco na sombra

Pensar de pernas para o ar
é uma grande maneira de pensar
com toda a gente a pensar como toda a gente
ninguém pensava nada diferente Que bom é pensar em outras coisas
e olhar para as coisas noutra posição
as coisas sérias que cómicas que são
com o céu para baixo e para cima o ch
ão

de O Inventão, Afrontamento, 1987
__________________

"Distraído percorro o caminho familiar da saudade", Amor como em Casa  citadoraqui

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Petição: "Pelo jornalismo, pela democracia" - Para todos os cidadãos

PETIÇÃO PARA TODOS 

Pelo jornalismo, pela democracia 

Lista dos signatários da petição

A crise que abala a maioria dos órgãos de informação em Portugal pode parecer aos mais desprevenidos uma mera questão laboral ou mesmo empresarial. Trata-se, contudo, de um problema mais largo e mais profundo, e que, ao afectar um sector estratégico, se reflecte de forma negativa e preocupante na organização da sociedade democrática.
O jornalismo não se resume à produção de notícias e muito menos à reprodução de informações que chegam à redacção. Assenta na verificação e na validação da informação, na atribuição de relevância às fontes e acontecimentos, na fiscalização dos diferentes poderes e na oferta de uma pluralidade de olhares e de pontos de vista que dêem aos cidadãos um conhecimento informado do que é do interesse público, estimulem o debate e o confronto de ideias e permitam a multiplicidade de escolhas que caracteriza as democracias. O exercício destas funções centrais exige competências, recursos, tempo e condições de independência e de autonomia dos jornalistas. E não se pode fazer sem jornalistas ou com redacções reduzidas à sua ínfima expressão.
As lutas a que assistimos num sector afectado por despedimentos colectivos, cortes nos orçamentos de funcionamento e precarização profissional extravasa, pois, fronteiras corporativas.
Sendo global, a crise do sector exige um empenhamento de todos - empresários, profissionais, Estado, cidadãos - na descoberta de soluções.
A redução de efectivos, a precariedade profissional e o desinvestimento nas redacções podem parecer uma solução no curto prazo, mas não vão garantir a sobrevivência das empresas jornalísticas. Conduzem, pelo contrário, a uma perda de rigor, de qualidade e de fiabilidade, que terá como consequência, numa espiral recessiva de cidadania, a desinformação da sociedade, a falta de exigência cívica e um enfraquecimento da democracia.
Porque existe uma componente de serviço público em todo o exercício do jornalismo, privado ou público;
Porque este último, por maioria de razão, não pode ser transformado, como faz a proposta do Governo para o OE de 2013, numa “repartição de activos em função da especialização de diversas áreas de negócios” por parte do “accionista Estado”;
Porque o jornalismo não é apenas mais um serviço entre os muitos que o mercado nos oferece;
Porque o jornalismo é um serviço que está no coração da democracia;
Porque a crise dos média e as medidas erradas e perigosas com que vem sendo combatida ocorrem num tempo de aguda crise nacional, que torna mais imperiosa ainda a função da imprensa;
Porque o jornalismo é um património colectivo;
Os subscritores entendem que a luta das redacções e dos jornalistas, hoje, é uma luta de todos nós, cidadãos.
Por isso nela nos envolvemos.
Por isso manifestamos a nossa solidariedade activa com todos os que, na imprensa escrita e online, na rádio e na televisão, lutando pelo direito à dignidade profissional contra a degradação das condições de trabalho, lutam por um jornalismo independente, plural, exigente e de qualidade, esteio de uma sociedade livre e democrática.
Por isso desafiamos todos os cidadãos a empenhar-se nesta defesa de uma imprensa livre e de qualidade e a colocar os seus esforços e a sua imaginação ao serviço da sua sustentabilidade. 


Proponentes 

Adelino Gomes - Jornalista 
Agostinho Leite - Lusa 
Alexandre Manuel - Jornalista e Professor Universitário 
Alfredo Maia - JN (Presidente do Sindicato de Jornalistas) 
Ana Cáceres Monteiro - Media Capital 
Ana Goulart - Seara Nova 
Ana Romeu - RTP 
Ana Sofia Fonseca - Expresso 
Anabela Fino - Avante 
António Granado - RTP; Professor Universitário 
António Navarro - Lusa 
António Louçã - RTP 
Avelino Rodrigues - Jornalista 
Camilo Azevedo - RTP 
Carla Baptista - Jornalista e Professora Universitária 
Catarina Almeida Pereira - Jornal de Negócios 
Cecília Malheiro - Lusa 
Cesário Borga - Jornalista 
Cristina Margato - Expresso 
Cristina Martins - Expresso 
Daniel Ricardo - Visão 
Diana Andringa - Jornalista 
Diana Ramos - Correio da Manhã 
Elisabete Miranda - Jornal de Negócios 
Fernando Correia - Jornalista e Professor Universitário 
Filipa Subtil - Professora Universitária 
Filipe Silveira - SIC 
Filomena Lança - Jornal de Negócios 
Francisco Bélard - Jornalista 
Frederico Pinheiro - Sol 
Hermínia Saraiva - Diário Económico 
João Carvalho Pina - Kameraphoto 
João d’Espiney - Público 
João Paulo Vieira - Visão 
Joaquim Fidalgo - Jornalista e Professor Universitário 
Joaquim Furtado - Jornalista 
Jorge Araújo - Expresso 
Jorge Wemans - Jornalista 
José Luís Garcia - Docente e Investigador (ICS-UL) 
José Luiz Fernandes - Casa da Imprensa 
J.-M. Nobre-Correia - Professor Universitário 
José M. Paquete de Oliveira - Docente, cronista, ex-provedor do telespectador (RTP) 
José Manuel Rosendo - RDP 
José Mário Silva - Jornalista freelancer 
José Milhazes - SIC / Lusa (Moscovo) 
José Rebelo - Professor Universitário e ex-jornalista 
José Vitor Malheiros - Cronista, consultor 
Leonete Botelho - Público 
Liliana Pacheco - Jornalista (investigadora) 
Luciana Liederfard - Expresso 
Luis Andrade Sá - Lusa (Delegação de Moçambique) 
Luis Reis Ribeiro - I 
Luísa Meireles - Expresso 
Manuel Esteves - Jornal de Negócios 
Manuel Menezes - RTP 
Manuel Pinto - Professor Universitário 
Margarida Metelo - RTP 
Margarida Pinto - Lusa 
Maria de Deus Rodrigues - Lusa 
Maria Flor Pedroso - RDP 
Maria José Oliveira - Jornalista 
Maria Júlia Fernandes - RTP 
Mário Nicolau - Revista C 
Martins Morim - A Bola 
Miguel Marujo- DN 
Miguel Sousa Pinto - Lusa 
Mónica Santos - O Jogo 
Nuno Aguiar - Jornal de Negócios 
Nuno Martins - Lusa 
Nuno Pêgas - Lusa 
Oscar Mascarenhas - Jornalista 
Patrícia Fonseca - Visão 
Paulo Pena - Visão 
Pedro Caldeira Rodrigues - Lusa 
Pedro Manuel Coutinho Diniz de Sousa - Professor Universitário 
Pedro Pinheiro - TSF 
Pedro Rosa Mendes - Jornalista e escritor 
Pedro Sousa Pereira - Lusa 
Raquel Martins - Público 
Ricardo Alexandre - Antena 1 
Rosária Rato - Lusa 
Rui Cardoso Martins - Jornalista e escritor 
Rui Nunes - Lusa 
Rui Peres Jorge - Jornal de Negócios 
Rui Zink - Escritor e Professor Universitário 
Sandra Monteiro - Le Monde diplomatique (edição portuguesa) 
Sara Meireles - Docente Universitária e Investigadora (ESEC-Coimbra) 
Sofia Branco - Lusa 
Susana Venceslau - Lusa 
Tiago Dias - Lusa 
Tiago Petinga - Lusa 
Tomás Quental - Lusa 
Vitor Costa - Lusa

Os signatários

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sputnik I. O grande ignoro. «Inexequível» Gaspar?


“Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas”,  excerto da intervenção de António Borges citada por   Carlos Santos Neves, RTP,  para  António Borges considera ignorantesempresários que rejeitaram alteração da TSU”.


Desde o tempo em que o Sputnik I (4 Outubro 1957) entrou na concorrência com a Lua  nas viagens à volta da Terra  não tinha surgido uma rotulagem tão assertiva de «ignorantes» a (in)certos empresários que rejeitam a tal Taxa Social Única (que iria tirar mais umas moedas ao Trabalho para dar ao Capital).

Desde que as ciências se libertaram da camisa de forças dos dogmas e extinguiram os fogos da inquisição, a experiência veio dizer que a validade das teorias tinham duração efémera. A dúvida metódica veio abrir caminho a novas hipóteses.

António Borges. Veio acordar e dar um safanão. Para retirar a maioria dos Portugueses da crise passa por aquela medida. A TSU é a única via.

 O que significa que António Borges não admite outra (s) hipótes(es) de solução para a crise.

A ciência para combater a crise  parou aqui.

 Com o sábio António Borges.

 O Sputnik veio mostrar uma fragilidade do estado da ciência espacial em certo professor do Instituto Superior Técnico de então.

Andava o satélite da URSS a emitir os seus bip … bip e, num desses entretantos, a antiga Emissora Nacional, através do programa “Rádio Moscovo não fala verdade”, um professor do Técnico demonstrava cientificamente que era impossível vencer a força da gravidade para colocar o Sputnik  em órbita. 

Não há analogia entre os dois casos, ou talvez, mas parece que o Prof. do Técnico não estava investido de autoridade para usar o termo «ignorante».  
...
Com o anúncio do aumento brutal robusto colossal de impostos, Vítor Gaspar que usou uma palavrinha mais suave, está sujeito a transformar-se no «Inexequível*» Gaspar. 
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* termo usado à boleia de Raúl Brandão.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Luiz Goes. Para sempre!


5 Janeiro 1933 – 18 Setembro 2012

fonte: Guitarras de Coimbra (parteII)

Fado da Despedida (Luís Goes)

Luiz Goes ... "era o padrão" (Rui Pato, via RDP)


Faleceu Luiz Goes

Luiz Goes, um dos vultos da Canção de Coimbra, faleceu, hoje, aos 79 anos de idade, disse Carlos Carranca ao “Campeão”.
O cantor e compositor, vítima de doença, nasceu, a 05 de Janeiro de 1933, em Coimbra.
Médico estomatologista, Goes recebeu, entre outras distinções, a comenda de Grande Oficialda Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro de Coimbra, a Medalha de Mérito Culturalda Câmara Municipal de Cascais e o Prémio Amália Rodrigues/2005.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AQUILINO RIBEIRO ... «É um grande escritor» (Salazar)



Aquilino Ribeiro
13 Setembro 1885 – 27 Maio 1963
Carregal de Tabosa (Sernancelhe) – Lisboa


“Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não importa: é um grande escritor.”
António Oliveira Salazar 
(copiado da orelha da contracapa de 
“Quando os lôbos uivam”,
 Editora Anhambi S. A., São Paulo (Brasil), 1959.
    
A Censura proibiu a republicação deste título. A tábua de salvação veio do Brasil. No início do prefácio à edição brasileira, Adolfo Casais Monteiro escreveu:

 «Não é de hoje que os governos consideram sua obrigação reger os destinos da literatura. E, como não o fazem a bem desta, ma[s] de uma outra conveniência alheia ao direito de expressão estética, longa é a lista das obras que, em todos os tempos, tiveram de algum modo a sua expansão prejudicada a bem duma suposta saúde mental, social ou moral dos povos, que a prepotência do poder não sabem defender, senão proibindo-lhes a circulação.» (p.5).

Aquilino Ribeiro
(aleatoriamente do currículo)
Escritor. Colaborador de jornais. Autor multifacetado.
Republicano.
Carbonário.
Maçon.
Oposicionista
Revolucionário.
Candidato ao Prémio Nobel de Literatura (1960) proposto por personalidades da Oposição.
Saneado do cargo de conservador da Biblioteca Nacional em 1927.
Co-Fundador da Seara Nova.
etc …
Os restos Mortais repousam no Panteão Nacional de Santa Engrácia.

Com a publicação de «Quando os lôbos uivam» Aquilino Ribeiro tinha escrito “meia grosa de livros”… 
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fonte da imagem: