terça-feira, 18 de setembro de 2012

Luiz Goes. Para sempre!


5 Janeiro 1933 – 18 Setembro 2012

fonte: Guitarras de Coimbra (parteII)

Fado da Despedida (Luís Goes)

Luiz Goes ... "era o padrão" (Rui Pato, via RDP)


Faleceu Luiz Goes

Luiz Goes, um dos vultos da Canção de Coimbra, faleceu, hoje, aos 79 anos de idade, disse Carlos Carranca ao “Campeão”.
O cantor e compositor, vítima de doença, nasceu, a 05 de Janeiro de 1933, em Coimbra.
Médico estomatologista, Goes recebeu, entre outras distinções, a comenda de Grande Oficialda Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro de Coimbra, a Medalha de Mérito Culturalda Câmara Municipal de Cascais e o Prémio Amália Rodrigues/2005.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AQUILINO RIBEIRO ... «É um grande escritor» (Salazar)



Aquilino Ribeiro
13 Setembro 1885 – 27 Maio 1963
Carregal de Tabosa (Sernancelhe) – Lisboa


“Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não importa: é um grande escritor.”
António Oliveira Salazar 
(copiado da orelha da contracapa de 
“Quando os lôbos uivam”,
 Editora Anhambi S. A., São Paulo (Brasil), 1959.
    
A Censura proibiu a republicação deste título. A tábua de salvação veio do Brasil. No início do prefácio à edição brasileira, Adolfo Casais Monteiro escreveu:

 «Não é de hoje que os governos consideram sua obrigação reger os destinos da literatura. E, como não o fazem a bem desta, ma[s] de uma outra conveniência alheia ao direito de expressão estética, longa é a lista das obras que, em todos os tempos, tiveram de algum modo a sua expansão prejudicada a bem duma suposta saúde mental, social ou moral dos povos, que a prepotência do poder não sabem defender, senão proibindo-lhes a circulação.» (p.5).

Aquilino Ribeiro
(aleatoriamente do currículo)
Escritor. Colaborador de jornais. Autor multifacetado.
Republicano.
Carbonário.
Maçon.
Oposicionista
Revolucionário.
Candidato ao Prémio Nobel de Literatura (1960) proposto por personalidades da Oposição.
Saneado do cargo de conservador da Biblioteca Nacional em 1927.
Co-Fundador da Seara Nova.
etc …
Os restos Mortais repousam no Panteão Nacional de Santa Engrácia.

Com a publicação de «Quando os lôbos uivam» Aquilino Ribeiro tinha escrito “meia grosa de livros”… 
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fonte da imagem:


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CORUJEIRA. Capela de S. Bernabé. vestígios. Ribeira do caldeirão


Corujeira - Capela de S. Bernabé (ruínas)
Ribeira do Caldeirão. Espelho de água

Quanto mais desgraças... 'mais tudo irá bem'



"Nunca se viu na sociedade portuguesa tanto desequilíbrio, tanta gente a esmolar nas ruas e nos semáforos, tanta oferta de prostituição e de submissão. A competência profissional é inútil, a integridade pessoal inconveniente, a dignidade cívica inoportuna.
Não provocar ondas tornou-se uma divisa. O fosso entre os cidadãos agiganta-se. Governantes, governados, pais, cônjuges, colegas como se o outro fosse um rival, um inimigo. Um objecto a comprar: compram-se os filhos, os apoiantes, os votantes, os amantes.
Eis o dilema que aguarda, daqui para a frente, os poderosos: ou gastam em justiça social ou em repressão policial."

Fernando Dacosta, Nascido no Estado Novo,
Lisboa, Editorial Notícias, 3.ª edição, 2001, (p. 329).
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colaboração de q'uid

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Major-General Augusto Monteiro Valente, Capitão de Abril - partiu para a eternidade



16.04.1944 – 04.09.2012
Coimbra
fonte da imagem e in memoriam: almanaque republicano

O major-general Augusto Monteiro Valente, Capitão de Abril (1) e antigo membro do Grupo dos Nove, de Melo Antunes, entrou ontem na eternidade.
Defensor dos valores da Democracia, era investigador na Universidade de Coimbra, no Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX e do Centro de Documentação da Revolução de 25 de Abril.
Um cidadão que deixa marca indelével em prol de uma sociedade mais justa e mais humana. Era maçon.
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Percursos deste laureado militar de Abril aqui avenida da liberdade
A morte do "Capitão" Valente  aqui café Mondego entre tantos.
Guarda - Placas colocadas junto ao Núcleo da Liga dos Combatentes
(1)  "Monteiro Valente, na Guarda" evocado  na lista de  militares que contribuíram para o êxito da Revolução  do 25 de Abril. Ver  nota de rodapé, p. 214,  em  'do Interior da Revolução', entrevista de Maria Manuela Cruzeiro a Vasco Lourenço, Âncora Editora , 1ª edição.Abril 2009.