sábado, 3 de dezembro de 2011

Congresso das Freguesias “chumbou” proposta do Governo - 97FM. Rádio Clube Pombal


Com a devida vénia  97FM. Rádio Clube Pombal aqui:

Ministro Miguel Relvas foi vaiado durante a sessão de encerramento do congresso

Pombal 97 fm / Autarquias – Miguel Relvas, Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, foi vaiado durante a sessão de encerramento do XIII Congresso Nacional de Freguesias, que terminou esta tarde em Portimão.

O protesto dos congressistas chegou mesmo a interromper o discurso do governante. A situação tornou-se mais evidente quando Miguel Relvas subiu ao microfone, para fazer o discurso de encerramento do congresso, tendo sido de imediato interrompido por vaias e gritos de "vai-te embora", com cerca de 300 delegados a saírem da sala, recusando-se a ouvi-lo. Valeu, então, a intervenção de Armando Vieira, presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), que pediu calma aos participantes permitindo, assim, que Miguel Relvas completasse o seu discurso.

O XIII Congresso Nacional das Freguesias rejeitou a Reforma da Administração Local, proposta pelo Governo, por não preconizar um modelo adequado “à realidade social portuguesa”, argumentando que não garante ganhos de eficácia e não respeita a vontade das populações.
“A ANAFRE e as freguesias entendem que o modelo de reforma do poder local deve obedecer ao princípio democrático da consulta popular e auscultar as populações”, é afirmado no documento das conclusões do Congresso, que foi aprovado, quase unanimemente, pelos 1.300 delegados, com apenas duas abstenções.



O congresso entende que o modelo de reforma do poder local deve obedecer ao princípio da consulta popular e auscultação das populações, e sustenta que as freguesias devem ver clarificada a partilha das competências próprias e reforçado o seu elenco, através da conversão das competências actualmente delegadas em competências próprias daquelas autarquias.

A ANAFRE reitera que pugnará pelo cumprimento rigoroso da Lei das Finanças Locais e propõe-se promover a clarificação e abolição das normas do orçamento de Estado, que determinam a retenção das verbas de algumas freguesias para o Serviço Nacional de Saúde. As freguesias exigem que nada impeça os presidentes de junta, membros das assembleias municipais por inerência, de participar em todas as votações daquele órgão de poder autárquico, como membros de pleno direito.

Para além dos 1.300 delegados a reunião contou com 500 observadores, votou favoravelmente 11 das 17 moções apresentadas e rejeitou as restantes seis.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NOVOS RATOS, A MESMA AVIDEZ



POEMA
Cantaremos o desencontro:
O limiar e o linear perdidos

Cantaremos o desencontro:
A vida errada num país errado
Novos ratos mostram a avidez antiga.
Sophia de Mello Andresen, 
O nome das coisas, (p. 75). 
Círculo de Poesia - Moraes Editores, 1977.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crato aposta no ensino experimental. E na investigação?


Temos um problema. É que não estamos a conseguir educar os nossos jovens como gostaríamos. No que se refere à Matemática e à Física temos muitos jovens que gostariam de ser engenheiros, cientistas, gestores ou economistas e não conseguem, porque não têm sucesso. É importante despertar os jovens para a cultura científica”, afirmou Nuno Crato.   (jornal, Público)

Nuno Crato, hoje ministro, deve ter andado distraído no tempo em que os mass media gozavam com a inoperância de Mariano Gago, ministro da ciência e tecnologia.
Acontece que na sequência do encerramento do ano escolar do programa da ciência nas escolas básicas reunidas em Lisboa, Mariano Gago estava lá a receber os alunos. Não com bandeirinhas, bibes, coro e vivas consertado pela propaganda.
Mariano Gago queria falar só com os alunos. 
Sem a presença dos professores
Queria falar de ciência com os iniciáticos finalistas do 1º ciclo.

Só pretendia medir o pulso, não dos professores.
Mas dos alunos…
E Mariano Gago não era ministro da educação.
“O governante sublinhou, por isso, a importância do ensino experimental e de incutir nos jovens o gosto pela descoberta”. (jornal, Público)

Até parece que o ministro Crato aposta na experimentação (investigação) universitária) …
E o ensino das várias vertentes da Arte? Os alunos estão despertos? Quais são os programas desenvolvidos  pelo ministério da educação nas escolas?

Ruy de Carvalho já deu recentemente o veredicto de mais uma  “facada na Cultura”.

O ministro Crato não deve esquecer que o produto escolar ultrapassa largamente os ciclos eleitorais. Não é uma sementeira de estufa.

Bandeirinhas nas recepções dão nas vistas, mas soam a oco.
Crato ministro tem de apostar na escola e não atribuir culpas a quem não lhe agrada...
Chega de confrontos, de falsos rankings, de shows com play back. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Ricos é que andam nos transportes colectivos, não é?



“…o governo anunciou que vai acabar com o desconto de 50% a que idosos, estudantes e crianças têm direito nos passes sociais, uma medida a concretizar já a 31 de Dezembro.“ 

Os reformados de longa duração (idade superior a 65 anos), estudantes e crianças foram requisitados pelo comando da contabilidade imposta pela troica.
Pode causar algum espanto por se pensar que o sub-governo da troica   sacrificar a bolsa dos estudantes e o mealheiro das crianças.
Nada de ilusões.
Não são os estudantes ou as crianças que pagam os passes.
O ritual não se altera. O dinheiro continua a sair da bolsa dos pais.

Os estudantes e as crianças continuam intocáveis. Ainda bem que o sub-governo da troica preserva os ainda excluídos  da vida ativa.
Hora da bica da manhã. Jornais e mais jornais. O prato mais consumido. As angústias saltavam como molas em cada página folheada. O corte do subsídio do estudante trouxe a irritação.
“os estudantes ricos são os que andam nos transporte coletivos!”… quer dizer: carros estacionados nas universidades são de estudantes pobres …
Enfim.
No meu país, quem ganha um cêntimo acima do salário mínimo, já é rico.

Que sorte! - diz quem está de fora.
Só que a mancha de pobreza não abrange apenas desempregados, diz-se. 
Trabalhadores no activo já engrossam o território da pobreza.
E não é escândalo. 

sábado, 12 de novembro de 2011

TIMOR (12.Novembro.1991) - Massacre que içou a bandeira da independência.


fonte: aqui


Nobres há muitos.
É verdade.
Verdade.
Homens muitos.
É muito verdade.
Verdade que com um lenço velho
As nossas mãos foram enlaçadas.
Nós, como aliados, eu digo.
Panos, só um, tal qual afirmo.
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Agua de Héler!
Pelo vaso sagrado!
Nunca esqueça isto o aliado.
Juntos, combater, eu quero!
Com o aliado, derrotar, eu quero!
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Poderemos, talvez, ser derrotados
Ou combatidos, mas somente unidos.
Ruy Cinatti
(1915 – 1986)

Armistício da Primeira Grande Guerra - 11 de Novembro.1918


Dia 11 de Novembro de 1937 – O Armistício
“Comemora-se hoje 19 aniversários do armistício que pôs termo a horrível conflito, que durante quatro anos (1914 a 1918), lançou, na morte e na miséria milhões de seres. Quando se assinou o armistício, o povo louco de alegria, julgando que a dura lição passada seria a segura prova de uma nova era de paz e de felicidade iria raiar e que em breve iriam abraçar aqueles combatentes que à guerra sobreviveram para que a alegria voltasse de novo para os lares de onde, num dia sombrio, cheio de incertezas, o destino cruel os chamou. Puro engano.
Vitorino Reis Pedreiras,   Memórias de outros tempos, (Bustos)1995.


fonte: aqui
Bustos faz-se representar no cortejo de homenagem ao soldados desconhecidos, segundo o recolhido na acta da sessão da Junta de Freguesia de 03.04.1921:
...

"Mais deliberou a JUNTA fazer-se representar pelo seu Presidente o cidadão Jacinto Simões dos Louros no cortejo aos dois soldados desconhecidos [mortos em África e em França], que deverá ter lugar no dia dez do corrente, de Leiria à Batalha." 

sábado, 22 de outubro de 2011

Outros tempos: engenho, sacrifício e suor deixaram marcas sublimes.


Intervalo para olhar e ouvir um outro Portugal 
...
Miguel Macedo, Ministro PSD,  recebe subsídio de residência.  
Está dentro da legalidade. 
Segundo a imprensa tem residências em Braga e na Grande Lisboa. Só a de Braga é que conta.
Até parece uma Lei feita à medida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"ERRADICAÇÃO DA POBREZA"em PORTUGAL É OBRA FARAÓNICA. ... FICA SUSPENSA!

"Durante décadas, as Nações Unidas têm trabalhado para livrar as pessoas da pobreza."

Instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza tem o objetivo de alertar lideranças mundiais para a importância de erradicar a pobreza. Estimativas da ONU apontam que cerca de 1,4 bilhão de pessoas no mundo vivem em níveis de pobreza. Situação que pode piorar devido aos problemas atuais.
Dados do Banco Mundial, por exemplo, revelam que, entre 2010 e 2011, o aumento dos preços dos alimentos levou cerca de 70 milhões de pessoas para a pobreza extrema. Além disso, atualmente cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem de fome no mundo.
Karol Assunção
Jornalista da Adital, editado em direitos humanos aqui


Fonte: aqui
Em Portugal


Sacrifícios esmagam pobres e “deixam os ricos a rir-se”
in JN, pg.6, dia 17 de Outubro  
Entre aspas são de Bruto da Costa,  “um olhar sobre a pobreza”.
Contudo o dia da erradicação da pobreza (16 de Outubro) não deve ter sido muito importante para o Diário de Notícias (Norte). Nem para o Presidente da República, que aos costumes nada disse , pelo menos a merecer a visibilidade das janelas das televisões.
Foi esquecimento …(que não acredito) ou havia outras prioridades ou não havia um Sócrates ... para malhar
Seja como for, ...
Em Bustos (Portugal, Aveiro, Oliveira do Bairro) há uma Loja Social criada a partir de um Projeto de alunas finalistas do Instituto de Promoção Social da Bairrada/Bustos disponível para prestar apoio específico. 
Contactos  Loja Social de Bustos aqui   com as regras de funcionamento aqui
Não hesite em contactá-la esteja  do lado que estiver. Ponha o vaso comunicante da partilha a funcionar. Com discrição.


sábado, 15 de outubro de 2011

... A BEBEDEIRA É GLOBAL ... (Nelson Leal)



(...)
“Porque é que demitiram o desgraçado do ministro japonês das Finanças, por, alegadamente estar bêbado, numa conferência de imprensa, quando verifico que a bebedeira é global e a ressaca ainda vem longe?

NelsonLeal, Queroir para Marte, 17.02.2009 aqui

...
 Parabéns.
15 de Outubro 1951 - 15 de Outubro 2011. 

 Festeja… e cartoona em força os  yuppies da ocasião.  

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PORTUGUÊS ADMITIDO NA GUINÉ EQUATORIAL



Fonte: aqui

Uma discreta jangada atravessou incólume  os destroços provocados pelo tsunami das finanças públicas. O anúncio foi descoberto em canto interior  de jornais, já que a primazia vai para a violação, o assalto, a facada e a artimanha
A jangada trazia uma encomenda com destino à Língua Portuguesa.
O Parlamento da Guiné Equatorial aprovou, com 99 dos 100 deputados, «o português»  como   3ª língua oficial. 
Uma distinção.

Por favor não transmitam a notícia aos contabilistas do poder, para que não seja aberta uma excepção na contenção das despesas para apoiar o desenvolvimento da língua de Camões e tenham de cravar mais uns órios. Resolve-se o problema com habilidade,  pede-se aos brasileiros que se encarreguem de prestar apoio do ensino e cultura de Portugal, sem gastarmos um tostão.

Não é, meu chapa!..
...................................................
13 de Outubro’2011.
 Uma data a fixar no clã dos Manos Migueis
O Nuno apresentou-se às 10H30.  Gritou. Reclamou. Mamou. Arrotou. Sorriu. Descansou.
Passou ao lado dos noticiários da Nau Catrineta.
O Miguel Filipe vai oferecer-lhe o carro preto. "O amarelo é meu". 
O Pedro Miguel vai fazer-lhe uma surpresa. (a todos nós).

...
Os Manos já se conhecem.
Vai ser um encontro (quase) sem surpresas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

596/63 - Regressámos todos


10 de Outubro'1963
Dia de formatura.
de Espera.
de MNF
de Tabaco
de Sarapintas amarelas
de Despedidas
...
até 8 de Janeiro'1966

terça-feira, 4 de outubro de 2011

DIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA, 3 de Outubro



"O arquitecto é o técnico que tem por missão definir e concretizar o espaço onde o Homem vive.
Se o faz bem, o Homem vive bem.
Se o faz mal, o Homem vive mal."
Arq. Rocha Carneiro, 
Igreja de Bustos e a Arte, 
Jornal da Bairrada, 21.09.2000, p. 16

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

VICENTE DE FREITAS NA MEMÓRIA DE FERREIROS (ANADIA)



A  inscrição «Ditadura 28 de Maio»  e «Vicente de Freitas» em painel de azulejos que ornamenta uma Fonte em Ferreiros (Anadia) despertaram curiosidade aos visitantes. O caso não era para menos.



O normal seria usar os termos  «Ditadura Militar» ou «Ditadura Nacional» durante a governação saída do Movimento Militar de 28 de Maio’1926. A partir de 11 de Abril’1933, data da entrada em vigor da Constituição de 1933, passou a designar-se «Estado Novo».
O nome de Vicente de Freitas merece uma pequena nota:


 José Vicente de Freitas, então Coronel aqui

José Vicente de Freitas, General
1869 - 1952
Calheta (Madeira) – Lisboa
Estamos em presença de um prestigiado cidadão, um republicano que ocupou vários cargos na I república e que participou no Movimento de 28 de Maio’1926. Nomeado chefe do governo (18.04.1928 – 8.07.1929) pelo presidente da república, Óscar Carmona, Vicente de Freitas convidou Oliveira Salazar para ocupar a pasta das Finanças (28 de Abril).
Quando da passagem da União Nacional a partido político, Vicente de Freitas opôs a Salazar porque temia a governamentalização de partido único, em prejuízo da liberdade de poder ouvir a Nação
Parecia que estava a adivinhar ....
Esta tomada de posição contra «o afilhado, Salazar» teve como consequência o ser demitido de presidente da comissão administrativa da Câmara Municipal de Lisboa.
O painel de azulejos da Fonte de Ferreiros (Anadia) presta homenagem a uma Figura que defendeu o pluralismo democrático ainda no período da Ditadura Militar saída do 28 de Maio. Nunca abdicaria da   ideia de Liberdade.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS" - MONTE DO SOBRAL, 9 de Setembro'1973. Para que não esqueça.



fonte: Alcáçovas, aqui
9 de Setembro de 1973 – Surge o Movimento das Forças Armadas

O governo, que mostrava não ter capacidade política para resolver o problema da descolonização, teimava em sacrificar os militares para que garantir as suas colónias. Os capitães, durante as repetidas campanhas, cedo se aperceberam que  as Fprças Armadas não podiam apoiar a política de suicídio dirigida pelo ar condicionado de Lisboa, cedo se apercebeu que  só derrubando a regime de salazar-caetano acabaria com a guerra colonial …

A contestação dos capitães já tinha sido iniciado. A exclusão dos oficiais do quadro permanente de poderem  participar  no Congresso de Combatentes  de 1a 3 de Junho de 1973 (Porto) foi o detonador da criação do Movimento das Forças Armadas que veio a surgir na reunião clandestina composto maioritariamente  por capitães,  em Monte Sobral (Alcáçovas).  

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para ser grande, sê inteiro: nada (Ricardo Reis


Fonte: Gazeta de Luanda aqui
Para ser grande, sê inteiro: nada
……………..Teu exagera ou exclui,
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
……………..No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
……………..Brilha, porque alta vive.
(Ricardo Reis,Odes)
selecção, prefácio e posfácio de Eduardo Lourenço - Poemas de Fernando Pessoa, Visão e JL, 2006


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"- Nunca ouviste falar em Eduardo Mondlane?"



Eduardo Mondlane
(Manjacaze, Gaza – Dar es Salaam
20.06.1920 – 3.02.1969

O soldado colonial Gabriel, que fora capturado por forças da FRELIMO em sequência de uma emboscada montada nos arredores de Nantulo, estaria condenado a ser supliciado por enterramento  numa cova tapada até ao pescoço, se o acaso não trouxesse à sua presença o camarada tenente Alfredo Malanga que identificara o seu salvador pela orelha roída, o que valeria, em retribuição,  a sua salvação, mas …

…  Gabriel  Craveiro ficava obrigado a frequentar um curso de reciclagem ideológica em Nachingwara (Tanzânia) onde  Nelson Leal  faz situar o episódio:    
(…)
- Nunca ouviste falar em Eduardo Mondlane?
- Só agora, nestas aulas. Mataram-no, não foi?
- Foram os colonialistas. Era da minha aldeia. Era filho de Nwadjhane, família de um velho rei do Bilene.
Naquelas longas noite de luar imenso, ao redor  da fogueira, o Gabriel ia conhecendo a História não contada de um outro Moçambique, um Moçambique de lendas, de heróis e de tribos irredutíveis. Soube que Mondlane era Chivambo, filho de Magulane da linhagem dos Nwanati, que a avó foi irmã de um célebre Xipenanhane Mondlane, herói das épicas campanhas de Mandlakazi. “A sua coragem era a de um leão e o seu espírito o de um falcão. Ele vive hoje, lá nos céus, nas asas de uma águia”, afirmava convicto. Apascentou gado enquanto menino, estudou na escola de Maússe e jogou à “homana” nos intervalos, caçou passarinhos e lebres, montou touros e roubou massarocas como qualquer outro menino da aldeia. Soube também que um padre da missão, o padre Perrier, levou Eduardo Mondlane de Manjacaze para um hospital suíço, onde estudou e entrou na Mesa da ONU, onde desempenhou funções de subsecretário. Foi casado com uma branca, Janet  e teve três filhos. Um político e um revolucionário que encantou o mundo.
(…)

in Nelson Leal, Filhos do Nada. Águeda 2006 (p.108)
Fonte da imagem (adaptada) Digital no Indico aqui

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Convenção de Sintra humilha Portugal. Mário Soares Premiado. Timor-Leste sufraga independência


30 Agosto
1808 – Convenção de Sintra assinala o fim da 1ª invasão napoleónica. Junot, derrotado nas batalhas de Roliça e do Vimeiro, propôs aos ingleses um armistício para retirar o seu exército.
O excerto sobre este acontecimento de Abílio Pires Lousada, então Ten.-Coronel, retrata a humilhação que os negociadores sujeitaram Portugal:

O acordo foi celebrado em Sintra, na Convenção assinada a 30 de Agosto. Um acordo concretizado entre franceses e ingleses, que deixaram à margem do processo negocial qualquer representação portuguesa, que suscitou viva contestação86. Efectivamente, para os portugueses a Convenção foi um logro e um abuso, uma “consagração diplomática da política de rapina”87, aproveitando os franceses para retirar calmamente por mar, sob escolta naval britânica, com os despojos surripiados durante a ocupação. (1)

(fim de citação)
A Convenção de Sintra foi de tal maneira gravosa para Portugal que está  bem retratada em banda desenhada humorística. aqui 



fonte: Curiosidades da História, Partida da Família Real para o Brasil  aqui
Também é de ter em conta que o Povo fora abandonado pela fuga da corte para o Brasil.

Dois séculos depois, Portugal, ainda que ande muito bem vestido, anda por veredas de indigência em busca do metal cantante para o expedir através do pipeline da usura.

Nota: Aqui ao lado, lembra-se que Junot General era também  Duque de Abrantes. E um duque da coroa portuguesa não  podia partir com as mãos a abanar.
   
 Outras efemérides a merecerem destaque: 

Em 1995 – O Prémio «Príncipe das Astúrias» da categoria de Cooperação Internacional é atribuído a Mário Soares.

Em 1999 – Timor-Leste referenda a sua independência.
__
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
(1)   (1) Tenente-Coronel Abílio Pires Lousada, A Invasão de Junot e o Levantamento em Armas dos Camponeses de Portugal. A Especificidade Transmontana. aqui  
ui

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dr. CARLOS PEREIRA AJUDA CARENCIADOS,.EM 1933


(…)
Não
não  me procureis
nos grandes salões
…………………….onde não estou
……………………………………….onde não posso estar
(…)

Marcelino dos Santos (Moçambique), 
Onde estou, 
em 50 Poetas Africanos, 
org. de Manuel Ferreira, 
Plátano Editora, 2ª edição.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Adélio Reis Pedreiras - Memória


Adélio Reis Pedreiras

4.09.1924 - 3.08.2011

"Bustos perdeu mais um homem bom, cidadão exemplar"


Cântico Negro de José Régio  (interpretado por João Villaret)

aqui

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

4 Julho 1776 – Declaração de Independência Americana




Excerto
(...)

Nós, por conseguinte, representantes dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, reunidos em CONGRESSO GERAL, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela rectidão das nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colónias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colónias unidas são e de direito têm de ser ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES; que estão desobrigados de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES, têm inteiro poder para declarar a guerra, concluir a paz, contrair alianças, estabelecer comércio e praticar todos os actos e acções a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na protecção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.

John Hancock.
[assinaram a declaração]

GEORGIAButton Gwinnett, Lyman Hall, Geo. Walton.
CAROLINA DO NORTEWm. Hooper, Joseph Hewes, John Penn
CAROLINA DO SULEdward Rutledge, Thos Heyward, junr., Thomas Lynch, junr., Arthur Middleton
MARYLANDSamuel Chase, Wm. Paca, Thos. Stone, Charles Carroll, of Carrollton
VIRGINIAGeorge Wythe, Richard Henry Lee, Ths. Jefferson, Benja. Harrison, Thos. Nelson, jr., Francis Lightfoot Lee, Carter Braxton
PENNSYLVANIARobt. Morris, Benjamin Rush, Benja. Franklin, John Morton, Geo. Clymer, Jas. Smith, Geo. Taylor, James Wilson, Geo. Ross
DELAWARECaesar Rodney, Geo. Read
NOVA IORQUEWm. Floyd, Phil. Livingston, Frank Lewis, Lewis Morris
NOVA JERSEYRichd. Stockton, Jno. Witherspoon, Fras. Hopkinson, John Hart, Abra. Clark
NOVO HAMPSHIREJosiah Bartlett, Wm. Whipple, Matthew Thornton
BAÍA DE MASSACHUSETTSSaml. Adams, John Adams, Robt. Treat Paine, Elbridge Gerry
RHODE-ISLAND E PROVIDENCEC. Step. Hopkins, William Ellery
CONNECTICUTRoger Sherman, Saml. Huntington, Wm. Williams, Oliver Wolcott
_________________
fonte: