terça-feira, 30 de novembro de 2010

29.11.1807 - Corte Foge para o Brasil



1807 - 29 NOVEMBRO
“Uma deputação” de várias personalidades “dirige-se a Sacavém para pedir protecção de Junot” (1)

 A corte foge para o Brasil e Portugal passa a colónia.
 _________
(1) Adapt. de “História de Portugal em datas”,(Augusto José Monteiro, 1620 – 1807) obra colectiva coordenada por António Simões Rodrigues, Temas e Debates, Actividades Editoriais, L.da, 4ª edição. 2007.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

JOHN KENNEDY, 29 Maio'1917 - 22 Novembro'1963


John Fitzgerald Kennedy 
 Brookline, Massachusetts – Dallas
29 Maio’1917 – 22 Novembro,1963 (assassinado) 
 35º Presidente dos Estados Unidos da América do Norte 
(20 Janeiro’ 1961 a 22 Novembro’1963) 


 “Nunca devemos esquecer que arte não é uma forma de propaganda, é uma forma de verdade.”

domingo, 21 de novembro de 2010

COGUMELO DE ESTEVAIS [MONCORVO]



A roda do vento 'ofereceu' dois cogumelos modelados no granito.
Dois?!
É uma fartura.
Basta um.
Por quanto tempo?

sábado, 20 de novembro de 2010

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA - 20.11.1959


20.Novembro’1959 – Assembleia Geral das Nações Unidas aprova a Declaração dos Direitos da Criança aqui 

Princípio 10º – A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal





O PORTUGAL DO FUTURO (*)
O portugal do futuro é um país 
aonde o puro pássaro é possível 
e sobre o leito negro do asfalto da estrada 
as profundas crianças desenharão a giz 
esse peixe da infância que vem na enxurrada 
e me parece que se chama sável 
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem 
portugal será e serei feliz 


(…)
____________________ 
(*) Com a devida vénia, «Carreiros de Bustos» edita excerto do poema de Ruy Belo, “O Portugal Futuro”  publicado em País Possível – obra poética de Ruy Belo, editorial presença, 2ª edição, 1998

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

GUIMARÃES ROSA, uma evocação



João Guimarães Rosa (1908 – 1967). 
Brasileiro. 
Médico. Diplomata. Escritor.


   FAMIGERADO (*) 
(um excerto do conto)


 (...) 


— "Pois... e o que é que é, em fala de pobre, linguagem de em dia-de-semana?" 

— Famigerado? Bem. É: "importante", que merece louvor, respeito... 

— "Vosmecê agarante, pra a paz das mães, mão na Escritura?" 


Se certo! Era para se empenhar a barba. Do que o diabo, então eu sincero disse: 
— Olhe: eu, como o sr. me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas era ser famigerado — bem famigerado, o mais que pudesse!... 

— "Ah, bem!..." — soltou, exultante

(…)
________________
(*) recolhido com a devida vénia de  releituras – menu do autor aqui
ilustração do postal  copiada de aqui

'HISTÓRIA DE UMA BIBLIOTECA VIVA'

HISTÓRIA DE UMA BIBLIOTECA VIVA 

Era uma vez, em Roma, um comerciante rico que se chamava Itelus. Contam-se maravilhas das suas fabulosas riquezas. O seu palácio era tão vasto que nele teriam cabido todos os habitantes da cidade. O seu palácio era tão vasto que nele teriam cabido todos os habitantes da cidade. Reunia todos os dias, à mesa trezentas pessoas escolhidas entre os cidadão mais ilustres e mais cultos. 

Não havia só uma mesa em casa de Itelus; havia trinta, todas cobertas de magníficas toalhas bordadas a ouro. 

Itelus dava aos seus convidados os mais finos cozinhados, mas, nesse tempo, não se ofereciam aos convidados só pratos escolhidos: era preciso dar-lhes também os prazeres de uma conversa espirituosa.

“... A ITELUS NADA FALTAVA, EXCEPTO A INSTRUÇÃO” 

Ora, a Itelus nada faltava, excepto a instrução. Mal sabia ler. As pessoas que aceitavam os seus convites com prazer riam dele à socapa. 

Era-lhe impossível sustentar uma conversa à mesa, e se, por acaso, conseguisse que lhe dessem atenção, reparava que os convidados reprimiam a custo os seus sorrisos. 

Não podia suportar semelhante coisa. Mas era demasiado preguiçoso para estar muito tempo a ler um livro e não estava habituado a maçar-se. Itelus pensou muito tempo na maneira de remediar o caso e, finalmente, achou o que lhe era preciso. 

GRANDE ALEGRIA PARA ITELUS POSSUIR UMA BIBLIOTECA VIVA

 Ordenou ao mordomo que escolhesse, entre os seus numerosos escravos, duzentos dos mais inteligentes e mais instruídos. Cada um deles devia aprender um certo livro de cor. Por exemplo, a Ilíada, a Odisseia, etc. 

Foi um trabalhão para o mordomo, que teve muitas vezes de castigar os escravos antes de ter podido satisfazer os desejos do patrão. Mas, quando chegou a bom resultado, foi uma grande alegria para Itelus possuir uma biblioteca viva. 

ITELUS ESTAVA ENCANTADO 

À mesa, quando chegava a hora da conversa, bastava fazer sinal ao mordomo e da fila silenciosa de escravos, de pé, encostada à parede, destacava-se um homem que recitava a passagem adequada. Os escravos tinham o nome dos livros que sabiam de cor, um chamava-se Odisseia, outro Ilíada, outro ainda Eneida, etc., etc. …

 Itelus estava encantado. Toda a gente em Roma falava da sua biblioteca viva; nunca se tinha visto semelhante coisa. Mas isto não podia durar, e num belo dia um incidente fez troçar do milionário ignorante a cidade em peso. 

Depois do jantar, a conversa recaiu, como sempre, sobre toda a espécie de assuntos de literatura. Falava-se da maneira como os homens da antiguidade organizavam as festas.

 – Conheço uma passagem célebre da Ilíada sobre esse assunto – disse Itelus fazendo sinal ao mordomo. 

 MAS … 

Mas este caiu de joelhos e murmurou com voz embargada de medo:
 – Perdoai-me, senhor, o Ilíada hoje está com dores de estômago. 
_____________________________
in Iline, M., O Homem e o Livro, Lisboa, Cosmos, 1947. 
Nota 1) os subtítulos foram introduzidos no texto original. 
Nota 2) Texto publicado com a colaboração voluntariosa de N.N.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

QUADRA POPULAR & MANUEL ALVES - POETA CAVADOR




MANUEL ALVES - O POETA CAVADOR

Que bonitas melancias
Tem aquela rica dama!
Por tanto bem que lhes quer
Deita-as consigo na cama.

É uma classe de semente
Que a mãe dela herdou da avó;
Guarda-as para ela só,
Não quer dar delas à gente.
São meias roxas na frente,
Na casca são luzidias;
Cobre-as todos os dias
Para o sol as não crestar;
Diz, quem para elas olhar:
«Que bonitas melancias!»

Quando passo à sua porta
Digo o que à mente me vem:
«Por alma da tua mãe,
Deixa-me ir à tua horta!»
«E esta fruta não se corta,
- Ela em alta voz me clama:
A minha fruta tem fama,
Hei-de estimá-la por isso».
Melancias que eu cobiço
Tem aquela rica dama!
(…)

O BURRIQUEIRO! aquI  SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2009,

MANUEL ALVES - O POETA CAVADOR


Monumento Manuel Alves(*)
(1845-1901)

Manuel Alves nasceu e morreu em Vale do Boi, freguesia da Moita. Repentista e analfabeto, ficou conhecido por “Poeta Cavador”, cognome que lhe foi atribuído por Tomás da Fonseca, também responsável pela compilação dos seus versos – “Versos dum Cavador”.

No lugar da Moita, na década de 50 do séc. XX. Foi erigido um Busto, em bronze, em homenagem a Manuel Alves, O Poeta Cavador
(*) créditos para a Câmara Municipal de Anadia, aqui 
*******************
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Do cancioneiro do Distrito [de Aveiro]...
(**) Ó pedras desta calçada,
levantai-vos e dizei
quem vos passeia de noite,
que eu de dia bem sei!...
 Oliveira do Bairro
_____________________
(**) retirado da revista ' Aveiro e o seu Distrito', nº 20. 1975. Cancioneiro do Distrito, compilação de M. Berta.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

D. Manuel II – 121º Aniversário Natalício


15 Novembro 1889 – 2 de Julho 1932. 
Em consequência do regicídio de 1 de Fevereiro 1908, D. Manuel reinou desde 6 de Maio 1908 a 5 de Outubro 1910
De nome completo: 
Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha. 

D. Manuel II coloca-se ao lado do regime republicano após a entrada de Portugal na Guerra, faz um apelo aos monárquicos para apoiarem o novo regime durante o conflito, participa em acções diversas de apoio às tropas aliadas, visita hospitais, ... 

 «O seu esforço nem sempre foi reconhecido. Anos mais tarde, em entrevista a António Ferro lamentou-se, "A sala de operações do Hospital Português, em Paris, durante a guerra, foi montada por mim. Sabe o que puseram na placa da fundação? ‘De um português de Londres'» … 
___________

Com apoio de
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_II_de_Portugal

COVAS LIMA?! ... PRESENTE!...




Amigo. Alentejano por devoção (nasceu em Lisboa). Sábio. Médico prestigiado. Fraterno. Solidário (no seguimento da linha do seu Pai).
Um dos últimos gestos está na oferta das receitas da venda do seu livro, recentemente publicado,  “Torre de (Ho)menagem - Crónicas de um Homem do Alentejo”, dedicada aos  Bombeiros Voluntários de Beja.

Covas Lima, vais continuar a estar presente nos encontros da antiga CCS n.º 596/1963.
E as tuas memórias vão  desfilar no Jardim do Bacalhau.

Até breve.


sábado, 13 de novembro de 2010

"1964 - Paulo VI oferece uma tiara aos pobres" (*)

"13 de Novembro de 1964, durante uma cerimónia solene na basílica de São Pedro, Paulo VI, num gesto inesperado, oferece a sua tiara aos pobres, como sinal da solicitude da igreja para com os desfavorecidos. 


Fonte: Diário de Lisboa n.º 15056, de 13-11-1964, pp. 1 e 23 


A tiara ofertada pelo Sumo Pontífice vale de 800 a 2 000 contos.

Fonte: Diário de Lisboa n.º 15057, de 14-11-1964, p. 17 


Com este gesto, Paulo VI pretendia, certamente, responder às críticas que alguns sectores da opinião pública teciam contra a ostentação da Igreja Católica face à pobreza existente no Mundo."

 (*) Copiado de O LEME aqui

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PAXÁ MUSTAFA KEMAL ATATURK, UM GRANDE LÍDER MUNDIAL

(atrasado na edição)


Mustafa Kemal Atatürk 
 1881 – 1938
 Fundador da República da Turquia.


"Há dois Kemals Mustafa. 
Uma carne e osso Mustafa Kemal, 
que agora está diante de você 
e que vai passar. 

O outro é você, todos vocês 
aqui que vai para os cantos da nossa terra 
para espalhar os ideais que devem ser defendidos 
com a vossa vida se for necessário.
 
Eu defendo os sonhos da nação, 
e trabalho da minha vida é torná-los realidade. " aqui



 Militar de prestígio, combatente na primeira guerra mundial, respeitado pelos aliados, adepto do iluminismo, político revolucionário desde novo, liderou a Guerra da Independência Turca, aboliu o regime da longa monarquia otomana, impôs amplas reformas radicais de índole política, como a separação dos poderes legislativo e executivo, económicas e sociais e transformou o país em estado laico. Acreditava na soberania popular como base na formação de governos representativos da nação. “Paxá” Mustafa Kemal Atatürk, Presidente da República Turca desde 29 de Outubro de 1923 até à sua morte, ocorrida em 10 de Novembro’1938, continua a ser considerado um dos grandes dirigentes do mundo. 
… 
Actualmente a Turquia que já tem um número apreciável de emigrantes na Europa, está em negociações para entrar no melting pot europeu.
 Seja bem-vinda.
...
imagem retirada de aqui

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ESTA FEIRA NÃO SE FEZ PARA AS COISAS QUE QUEREIS (GIL VICENTE)


...
(SERAFIM) 
 Vós outras quereis comprar das virtudes?


 (TODAS )[nove moças do monte]
 Senhor, não

(SERAFIM) 
 Saibamos por que razão. 


(DOROTEIA) 
 Porque no nosso lugar não dão por virtudes pão.

in Gil Vicente, Auto da Feira, 
introdução e edição interpretativa de Luís F.Lindley Cintra, 
Biblioteca de Bolso, nº 42, 
Publicações Dom Quixote, Lisboa 1989.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Portugal ainda brilha ...



... em Lisboa.
...
[Os deputados] "Uma vez em palácio, sede discretos no consumo das brioches e dos charutos. Reflecti que o País é pobre, que temos uma dívida flutuante de 3350 contos e que temos um défice calculado em 4500 contos para o ano próximo"
...

in Ramalho Ortigão, as Farpas IV, o parlamentarismo, (XVIII, Os Deputados vão ao Baile), clássica editora, Tomo IV, Lisboa. 1989.

domingo, 7 de novembro de 2010

Povoação de BUSTOS é reconhecida VILA desde



A Lei nº 80/2003, publicada no Diário da República, 1ª Série-A, nº 196 – 26 de Agosto, eleva a povoação de Bustos à categoria de vila.