sexta-feira, 22 de novembro de 2013

EM MEMÓRIA DE JOHN F KENNEDY - BANDEIRAS DOS USA A MEIA HASTE.


John Fitzgerald Kennedy 
29  Maio’ 1917 –  (Dallas) 22 Novembro’ 1963

35º Presidente dos Estados Unidos  
(20 Janeiro 1961 – 22,terça feira, Novembro’ 1963)
O assassinato em Dallas foi há meio século

*

22 Novembro de 2013 | 05h03 - Actualizado em 22 Novembro de 2013 | 05h03

EUA Obama ordena hastear bandeiras americanas a meio mastro em honra a Kennedy

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta quinta-feira que amanhã todas as bandeiras de edifícios federais e estaduais sejam hasteadas a meio mastro em honra ao ex-presidente John F. Kennedy, assassinado em 22 de [Novembro de] 1963 em Dallas, no Texas.

Notícia copiada de ANGOP aqui

sábado, 19 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA - CANTAR DE EMIGRAÇÃO

Adriano Correia de Oliveira

9.04.1942 – 16.10.1982





CANTAR DE EMIGRAÇÃO
Este parte, aquele parte 
e todos, todos se vão 
Galiza ficas sem homens 
que possam cortar teu pão
Tens em troca 
órfãos e órfãs 
tens campos de solidão 
tens mães que não têm filhos 
filhos que não têm pai
Coração 
que tens e sofre 
longas ausências mortais 
viúvas de vivos mortos 
que ninguém consolará
...

CANTAR DE EMIGRAÇÃO (Este parte)
Música: José Manuel Niza Antunes Mendes (1938-2011)
Letra: María Rosalía Rita de Castro (1837-1885), traduzida e adaptada por José Manuel Niza Antunes Mendes 
Dados copiados de  Guitarra de Coimbra IV
 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Adriano Correia de Oliveira - "Margem Sul (Canção patuleia)" - Letra de Urbano Tavares Rodrigues

Adriano Correia de Oliveira - "Margem Sul (Canção patuleia)" do disco "R...

URBANO TAVARES RODRIGUES FALECEU



Urbano Augusto Tavares Rodrigues 
6.12.1923 – 9.08.2013


Urbano Tavares Rodrigues sofreu a perseguição das ditaduras de Salazar e Caetano - foi impedido de dar aulas por motivos políticos.


"Mensagem do Dia Mundial de Teatro da SPA 
da autoria de Urbano Tabares Rodrigues
Com confiança em 2012 para que a mensagem do Dia do Teatro torne possível viver com alegria e amor.
A arte da comunicação por excelência, desde as tragédias gregas que, com o apoio da música e da dança, comentavam o vivido e anunciavam o futuro, o teatro interage com os espectadores, chama-os a uma apaixonada participação, que se traduz em aplausos, outras vezes, raramente, em assobios e pateadas.
Quando a barreira entre o público e a plateia desaparece, consuma-se a vivência profunda do teatro.
É assim o espectáculo teatral um instrumento riquíssimo de educação colectiva e até de formação dos espectadores.
O seu interesse pedagógico e vital mantém-se na passagem à televisão e mesmo ao cinema mas não há como a presença física, corporal que confere ao teatro o seu poder educacional e político. Arte da polis, da cidade ou, em termos muito correctos de formação do ser humano.
O teatro, o teatro verdadeiramente popular, na mais nobre acepção da palavra, é, deve ser, um meio de formação, desalienante, que acautela o espectador contra a propaganda mentirosa de uma sociedade sem valores que visa aliená-lo, para o utilizar como coisa ao serviço de uma máquina triturante de falsos valores económicos.
Vem o teatro ao encontro do povo, que saberá amiúde e por ele, com ele, transformar a vida, torná-la mais bela, mais humana, mais digna de ser vivida com alegria e amor.

Tal é o desejo profundo de
Urbano Tavares Rodrigues
Março 2012"

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DIA INTERNACIONAL DE NELSON MANDELA - "um símbolo vivo de sabedoria, coragem e integridade" (Ban Ki-Moon)

O Racismo é o matope 
que não deixa ver 
se o sapato é bom ou mau. 
Carlos Cardoso(1)



imagem copiada de calendariocivicodelescolar
Hoje é Dia Internacional de Nelson Mandela  (2) 

Por consenso dos 192 países membros, a ONU determinou que, a partir de 2010, se passe a celebrar o Dia Internacional de Nelson Mandela, na data do aniversário do dirigente negro que, em 1993, partilhou o Prémio Nobel da Paz com o seu compatriota sul-africano Frederik de Klerk.
 
A Assembleia-Geral decidiu assim reconhecer, o primeiro da organização a um indivíduo, a contribuição fundamental de Mandela, nascido a 18 de Julho de 1918 na pequena vila de Mvezo, para a resolução dos conflitos, a liberdade no mundo e a promoção das boas relações entre todos os grupos étnicos. 

Reconheceu também a dedicação de Mandela ao serviço da humanidade na resolução de conflitos, relações entre raças, promoção e protecção dos direitos humanos, reconciliação, igualdade entre os sexos e os direitos das crianças e de outros grupos vulneráveis. 

Na mensagem do ano transacto, por ocasião da data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, considerou Nelson Mandela “um combatente da liberdade, um prisioneiro político, um pacifista e um presidente. Curador de nações e mentor para gerações (…) Nelson Mandela é um símbolo vivo de sabedoria, coragem e integridade”. 

O próprio Nelson Mandela disse certa vez: “Nós podemos mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Está em nossas mãos fazer a diferença”, cita o secretário-geral, apelando às pessoas a tornar realidade esta mensagem. 

No documento Ban Ki-Moon diz que “a melhor forma de agradecer Nelson Mandela pelo seu trabalho é agir e inspirar a mudança”.
(…)

*

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Lisboa, 1996.18 de Julho - É  criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), pelos Chefes de Estados e de Governo de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Tomé e Príncipe. (3) 
 ___________

(1) in Carlos Cardoso. O Apartheid na África do Sul – Memórias do Racismo, Revista História, nº. 63, janeiro 1984, p.15

domingo, 14 de julho de 2013

BANA - VOZ QUE FICA,


(1)

“Bana”  Adriano Gonçalves)
 (Rei da Morna) 
 (11.03.1932 –  13.08.2013)
 (2) 

Cesária Évora
 (Rainha da Morna)
27.08.1941 – 17.12.2011

Para quando a consagração da Morna a Património Mundial.
_____________
(1) imagem colada da Embaixada de Cabo Verde
(2) imagem colada de Cesária Évora Morreu!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ANTONI GAUDÍ, explorou a catenária invertida em seus projectos

Antoni Gaudí
25.06.1852 – 10.06.1926


A arquitetura de Gaudí atrai peregrinações de turistas a Barcelona. 
Mas há um mecenas que ajudou a tornar visível os feitos de Gaudí, seu nome Eusebi Güell. E apoiou o artista, mesmo quando a sua obra era ridicularizada.
Uma curiosidade. Gaudí desenvolveu  trabalhos em catenária invertida. Anos mais tarde, os arcos de fusos cerâmicos da Igreja de S. Lourenço de Bustos também seguiram a mesma técnica. 
O Eng.º Santos Pato tomou a responsabilidade de desenhar em catenária invertida  a estrutura de todos os arcos, excepto o último que foi concluído por José Dias. (O Eng,º Santos Pato  estava impedido de o fazer por estar  preso em Caxias,  por motivos políticos).


A alteração do desenho dos arcos inicialmente para serem construídos em betão, para a catenária invertida foi consequência directa da aplicação dos fusos (garrafas) de barro vermelho sugeridos pelo então Sargento Mário Martins (dos Penedos). 

domingo, 9 de junho de 2013

Sousa Franco -Sousa Franco sucumbiu no ardor do combate democrático (2004)


António Sousa Franco
21 Setembro’1942 – 9 Junho’2004

9 de junho de 2004. Uma estação de rádio transmitia os ataques a Sousa Franco, então cabeça de lista do Parido Socialista candidata ao Parlamento Europeu.
Linguagem dura, senão mesmo vexatória. Mal o falecimento é noticiado, vem a reviravolta na apreciação de Sousa Franco. 
Uma viragem de 180º, só entendível nas altas esferas...

Safa!
___________

imagem de WOOK

segunda-feira, 27 de maio de 2013

MIA COUTO - PRÉMIO CAMÕES EM DIA DE MESTRE AQUILINO


Aquilino Ribeiro
13.09.1885 – 27.05.1963



                                                                                                      "A maior desgraça 
de uma nação pobre  é que
 em vez de produzir riqueza, 
produz ricos."
                                   (MIA COUTO)

A melhor maneira de evocar Aquilino Ribeiro é (re)ler as suas obras.
A efeméride da sua partida para a eterna memória fica gravada com inovadora letra em português trabalhado com filigrana moçambicana  de Mia Couto, vencedor do Prémio Camões’2013. 

(…)

Mia Couto vence Prémio Camões 2013

Escritor Moçambicano ganhou 25ª edição do prémio

"O Prémio Camões deste ano foi atribuído a Mia Couto.

O anúncio do vencedor, noticiado pela agência Lusa, foi feito nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, onde o júri se reuniu."
(...)


* in TVI 24 – SOCIEDADE [(!!!?)]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Palabras del Presidente Juan Manuel Santos en la inauguración de la 26ª Feria Internacional del Libro de Bogotá


Palabras del Presidente Juan Manuel Santos en la inauguración de la 26ª Feria Internacional del Libro de Bogotá

Bogotá, 17 abr (SIG). "Desde Portugal se divisa el mar, se siente el mar, se vive el mar.
El océano Atlántico es el infinito profundo de una nación que desde hace muchos siglos se lanzó a las aguas para descubrir el mundo.
Hoy Portugal, siguiendo su vocación, descubre otro país: descubre a Colombia, que esperaba ansiosa su llegada.
Y nosotros también tenemos la alegría de acercarnos a Portugal, que viene con sus autores, con sus músicos, sus arquitectos, sus cineastas, su gastronomía y –sobre todo– con su mar.
De pronto Bogotá, esta ciudad andina en que vivimos a 2.600 metros de altura, se ha convertido –igual que en una fábula de Saramago– en una isla improbable, circundada por aguas color turquesa, como si Portugal nos rodeara con su abrazo marino.
¡Y qué hermoso que sea así! Recibir a Portugal –acompañada de la fuerza de su mar, de su historia y su cultura– es un hecho poético, mágico, que nos llena de ilusión.
Han venido ustedes, señor Presidente, a traernos ese mar portugués que Fernando Pessoa describió en sus versos:
Oh mar salada, ¡cuánta de tu sal
son lágrimas de Portugal!
Por cruzarte, ¡cuántas madres lloraron,
cuántos hijos en vano rezaron!
¡Cuántas novias quedaron por casar
para que fueses nuestra, oh mar!
Por eso resulta tan apropiado el lema que caracteriza la presencia lusa en Bogotá: "Desde mi idioma se ve el mar".
En pocas lenguas como el portugués encuentra el mar una mayor presencia; una mayor dimensión humana, épica y lírica.
Luis de Camoens –por ejemplo–, el Príncipe de los Poetas de su tiempo, no solo fue un soldado sino que inmortalizó los descubrimientos del gran navegador Vasco de Gama
Por ello, fue en su tumba, en el hermoso monasterio de los Jerónimos, donde el primer día de nuestra reciente visita a Portugal colocamos un ramo de rosas colombianas.
De ese mar, de esa tradición, de esa historia, llega usted, apreciado presidente Cavaco Silva, encabezando la gran delegación portuguesa que se hace presente en la Feria Internacional del Libro de Bogotá.
Como si se tratara de un navío lleno de tesoros, llega su barco con 23 escritores portugueses, y con 20 mil libros que se ofrecerán en su pabellón y otros 20 mil que se regalarán a través del programa Libro al Viento.
Además, se lanzan en la Feria más de 30 libros portugueses traducidos al castellano exclusivamente para este evento, más de la mitad de ellos publicados por editoriales independientes.
Los lectores colombianos –que ya están familiarizados con la obra de Camoens, de Queirós, de Pessoa, de Lobo Antunes o Saramago– tendrán la ocasión de conocer lo más actual de la literatura portuguesa.
Por ejemplo, se lanzan en primicia mundial la edición de un libro hasta ahora inédito del mismo Saramago, así como traducciones exclusivas de autores portugueses que van desde Fernando Pessoa hasta Vasco Graça Moura y otros poetas y escritores contemporáneos que nos acompañan.
Se presenta, por otro lado, con el patrocinio de nuestra Cancillería, la traducción al portugués de dos obras emblemáticas de la literatura colombiana, como son La Vorágine de José Eustasio Rivera y una antología poética de uno de nuestros más grandes escritores, Álvaro Mutis –ganador del Premio Cervantes–
También vienen personalidades como el premiado arquitecto Eduardo Souto Moura o Pilar del Río –la entrañable compañera de Saramago y presidenta de la Fundación que lleva su nombre–.
Por supuesto, no podía faltar el fado, el nostálgico fado, que nos llega en la voz de sus mejores intérpretes.
A nombre de los colombianos, de los 47 millones de colombianos, quiero agradecer a usted, señor Presidente, y al Secretario de Cultura de Portugal, Jorge Barreto Xavier, por este enorme esfuerzo que han hecho.
Sabemos que Europa –y Portugal en particular– atraviesa por una época muy difícil y por eso valoramos y agradecemos la generosidad y grandeza con que han respondido los portugueses a esta invitación.
También debo reconocer el aporte fundamental de un colombiano con alma lusa: el profesor Jerónimo Pizarro, quien no sólo es uno de los mayores especialistas en el mundo en la obra de Pessoa, sino que fue el comisario para Portugal de su participación en esta feria.
Gracias a estos esfuerzos, hoy recibimos, complacidos, la más amable de las invasiones –la invasión de la cultura portuguesa– y podemos decir, literalmente, que Portugal se toma a Bogotá.
La Feria del Libro de Bogotá, que llega a su vigesimosexta edición gracias al buen trabajo de la Cámara Colombiana del Libro y de Corferias, gana cada vez más presencia y prestigio dentro de las ferias que se realizan en todo el planeta.
Este año –además de la presencia de los mejores escritores, periodistas e ilustradores de Colombia y muchas regiones del mundo– contamos por primera vez con la participación de un premio nobel: el escritor francés Jean-Marie Gustave Le Clézio.
¿Sabían ustedes que, en un hecho sin precedentes, han venido a nuestro país en los últimos tres meses nada menos que cinco grandes escritores laureados con el Nobel de Literatura?
En enero estuvieron Mario Vargas Llosa y la novelista y poetisa rumana Herta Müller.
Hace pocos días estuvo en Bogotá el nobel sudafricano John Maxwell Coetzee, y también hace poco llegó para una estancia en Cartagena nuestro querido Gabriel García Márquez.
Y ahora nos visita nada menos que Le Clézio, un autor que ha sabido transmitir la riqueza y diversidad del mundo y sus culturas ancestrales en su obra.
Nos honra saber que hace cuatro décadas estuvo en Colombia –en las selvas del Darién– y que aquí aprendió de la sabiduría de los pueblos emberas y wounaan, una experiencia que cambió su vida y le inspiró algunos de sus libros.
Siempre me alegra venir a estar feria, y poder compartir los avances de nuestro gobierno en un esfuerzo al que le ponemos todo el corazón como es el Plan Nacional de Lectura y Escritura "Leer es mi Cuento".
Estamos empeñados en promover la lectura como fuente de crecimiento personal –y por consiguiente de la sociedad–.
Sabemos que la lectura es una de las estrategias más efectivas para cerrar las brechas y hacer de Colombia un país MÁS JUSTO y MÁS MODERNO.
Los Ministerios de Cultura y de Educación están fortaleciendo, como nunca antes, la red de bibliotecas públicas y de bibliotecas escolares del país.
Cuando llegamos al gobierno, en las bibliotecas públicas había 8 millones y medio de libros, adquiridos en un lapso de siete años, entre 2003 y 2010.
Pues bien, en los primeros dos años y medio de nuestro gobierno hemos adquirido y producido para estas bibliotecas 7 millones y medio de libros.
Y estamos haciendo gran un esfuerzo por un sector de la sociedad muy especial, es la primera infancia porque sabemos que el hábito de la lectura se forma en los primeros años de vida del ser humano.
Hemos dotado a las más de 1.400 bibliotecas públicas del país, a los más de 1.300 centros de atención integral de primera infancia y a todos los hogares del Instituto Colombiano de Bienestar Familiar con colecciones de libros para la primera infancia.
Yo me la paso diciéndoles a los padres y a las madres: enséñenles a sus hijos a leer, no hay nada más maravilloso, descubren un mundo nuevo que dura toda la vida.
Incluso, cada vez que entregamos una vivienda de interés prioritario –que benefician a las familias de menos recursos del país– la vivienda incluye una biblioteca básica de 9 libros escritos y editados especialmente para sus intereses.
En cuanto a las bibliotecas escolares, triplicamos la meta que nos habíamos fijado en el Plan Nacional de Desarrollo, y para el final de este año habremos entregado 19 mil cuatrocientas bibliotecas a igual número de escuelas, incluyendo formación a los docentes.
Tan solo para este plan de lectura hemos adquirido más de 5 millones de libros.
A esto se suman los 18 millones de textos escolares del programa "Todos a Aprender" que hemos entregado a los niños de primaria de más bajos recursos para mejorar sus aprendizajes en lenguaje y matemáticas.
¡23 millones de libros y textos! Esta es una inversión sin antecedentes en la historia del sector educativo colombiano.
Y lo mejor es que todas estas compras, tanto por el ministerio de Cultura como el de Educación, están siendo realizadas mediante un método de subastas inversas que nos ha permitido adquirir más libros a un precio más moderado.
Así estamos promoviendo el viaje maravilloso que significa la lectura entre los niños y jóvenes de nuestro país, comenzando – como ya dije– por esos primeros años cuando aprendemos el gusto por los libros a través de los cuentos que nos leen.
Bien decía el siempre vivo Saramago:
"Hay quien se pasa la vida entera leyendo sin conseguir nunca ir más allá de la lectura; se quedan pegados a la página, no entienden que las palabras son sólo piedras puestas atravesando la corriente de un río. Si están allí, es para que podamos llegar a la otra margen. La otra margen es lo que importa".
Eso es lo que queremos para los colombianos: que atraviesen el río sobre el puente que forjan las palabras; que lleguen victoriosos y felices a la otra margen, a ese otro lado que significa cruzar la brecha, avanzar en el camino de la vida.
Apreciado presidente Cavaco Silva, amigos de Portugal y del mundo, y amigos todos del libro:
Hoy recibimos a Portugal y su cultura con la misma admiración y respeto con que los portugueses acogieron en noviembre pasado la exposición del maestro Fernando Botero, que se realizó en el majestuoso Palacio de Ajuda de Lisboa.
Estamos, además, a escasos días de conmemorar los 39 años de la Revolución de los Claveles, lírico nombre con que quedó registrado en la historia el levantamiento militar del 25 de abril de 1974 contra la dictadura más larga de Europa.
Claveles rojos, del color de la sangre que no se derramó, fueron sembrados en los cañones de los fusiles que no se dispararon.
¡Qué bonita alegoría para un país que, como Colombia, hoy sueña la paz y tiene razones para creer en la paz!
Sé –como le dije ayer señor Presidente– que al terminar estas semanas de intensa presencia portuguesa aquí en nuestro país, será inevitable sentir una profunda saudade, esa palabra hermosa que nos regaló la lengua portuguesa.
Ojalá cada día más se incentive en nuestro país el aprendizaje de este idioma que suena como música a nuestros oídos y que hablan más de 250 millones de personas en el mundo.
Y ojalá nos visiten cada vez más portugueses que vengan a aprender español en nuestro suelo; que quieran contagiarse de nuestra alegría y nuestra mezcla de culturas; que se animen a vivir y disfrutar el "realismo mágico", ese que nos distingue en todo el mundo.
Mientras tanto, aquí, en Bogotá –en esta ciudad alta rodeada por la cordillera– vamos a respirar el mar, vamos a sentir el mar, a mojarnos de mar, a escuchar el mar, a oler el mar…
Ese mar que nos traen – como un regalo de los siglos– el arte y la cultura de Portugal.
Muchas gracias".
---