sexta-feira, 21 de março de 2014

NO DIA DA POESIA "1879". GUERRA JUNQUEIRO E ALEXANDRE O'NEILL


§

– Tenho lá
fora um remo.
É o que me resta do mar,
mais uma grande vontade
 de o afogar.

– Marujinho,
a terra é madrasta
 pra quem está do lado do suor.

– E o mar é
um grande ladrão.
Não troca o suor em pão.
§
Alexandre O’Neil, De Ombro na Ombreira (1969),
 (O Ladrão do Pão p.40), Relógio d’Água. 
Depósito legal ano 1998.


"1879" Fernando Tordo canta Guerra Junqueiro