domingo, 2 de janeiro de 2011

D' "O Preço da Borrega", Galopim de Carvalho




(…)
“- Tio Rabino, a minha mãe pede para lhe fiar uma quarta de açúcar, que o meu pai está sem trabalho. Depois ele vem cá pagar.

- Toma lá o açúcar e diz à tua mãe que o rol que cá tem já dá para a féria de três ou quatro semanas – concluía, com bondade na voz, enquanto dava à garota um rebuçado de papel colorido, tirado de uma velha lata debaixo do balcão.

As muitas pequenas dívidas dos fregueses ainda faziam uma bela maquia. Mas isso não o incomodava muito. Deus haveria de recompensá-lo. Sempre se governara com este negócio, a ele e à família, apesar das dívidas dos mais pobres dos seus clientes.”
…  ...
(1) A.M. Galopim de Carvalho, O Preço da Borrega, Editorial Notícias, 1995 

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