quinta-feira, 12 de abril de 2012

GALILEU GALILEI (herege) - Santa Inquisição inicia julgamento


Galileu Galilei (1564 – 1642)  perante os dados recolhidos das observações de astronomia defendeu em livro a teoria heliocêntrica de  Nicolau Copérnico, contrariando o ditame da Igreja de Roma que considerava heresia quem não aceitasse que a Terra era o centro do mundo, todos os astros giravam à volta dela.
 A publicação em 1632 de «Diálogos sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo», logo condenada pela Igreja, valeu a Galileu Galilei ser preso em 1633, pela Santa Inquisição.


 Para escapar à morte, o “Pai da Ciência” renegou perante o “Tribunal Inquisitorial”, em voz alta, a realidade dos factos observados, com o depoimento que parcialmente se transcreve:
“Eu, Galileu, filho do falecido Vincenzo Galilei, florentino, de setenta anos de idade, intimado pessoalmente à presença deste tribunal e ajoelhado diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Senhores Cardeais Inquisidores-Gerais contra a gravidade herética em toda a comunidade cristã, tendo diante dos olhos e tocando com as mãos os Santos Evangelhos, juro que sempre acreditei que acredito, e, mercê de Deus, acreditarei no futuro, em tudo quanto é defendido, pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica e Apostólica. Mas, considerando que (...) escrevi e imprimi um livro no qual discuto a nova doutrina (o heliocentrismo) já condenada e aduzo argumentos de grande força em seu favor, sem apresentar nenhuma solução para eles, fui pelo Santo Oficio acusado de veementemente suspeito de heresia, isto é, de haver sustentado e acreditado que o Sol está no centro do mundo e imóvel, e que a Terra não está no centro, mas se move; desejando eliminar do espírito de Vossas Eminências e de todos os cristãos fiéis essa veemente suspeita concebida mui justamente contra mim, com sinceridade e fé verdadeira, abjuro, amaldiçoo e detesto os citados erros e heresias, e em geral qualquer outro erro, heresia e seita contrários à Santa Igreja, e juro que no futuro nunca mais direi nem afirmarei, verbalmente nem por escrito, nada que proporcione motivo para tal suspeita a meu respeito." 



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